O dia de Halloween está chegando e, com a aproximação da data, é comum encontrar pessoas confusas com seu real significado. Ora encontramos cenas de crianças com fantasias fofinhas ingenuamente pedindo doces pela vizinhança, ora nos deparamos com cenas horripilantes. Ora ouvimos pessoas defendendo o evento pelo seu aspecto cultural ou pura diversão, ora nos deparamos com críticos ferrenhos, seja pela artificialidade da cultura estrangeira em detrimento da cultura local ou pelo teor ocultista que acreditam possuir. O que muitos não entendem é que existem diferentes interpretações sobre o Halloween e seu significado será determinado pelo ângulo que você decidir observar.
Do ponto de vista religioso, o evento está associado ao ocultismo com rituais impróprios e, por isso, não deve contar com a participação dos cristãos, baseando-se na proibição do povo de Deus em se envolver com tudo o que seja bruxaria, ocultismo e congêneres.
Se fizermos um breve resumo histórico, descobrimos que o Halloween tem raízes celtas. No século VI a.C., esse povo que habitava o norte da Europa celebrava o fim de ano com a festividade do sol, iniciada na noite de 31 de outubro marcando o fim do verão e das colheitas. Por neste período do ano os dias tornarem-se mais curtos e as noites mais longas, acreditava-se que a terra ficava mais vulnerável a ação dos espíritos sombrios e uma forma de evitar ser afetado pela maldade de tais espíritos era fazendo o uso de máscaras e fantasias na tentativa de passar por essa noite despercebidamente. O Halloween alcançou os E.U.A com a chegada dos irlandeses e passou a fazer parte do folclore popular do país, adequando-se com o passar do tempo e introduzindo outros elementos, como: bruxas, vampiros, fantasmas, entre outros.
A partir da visão cultural, observa-se, atualmente, que nos países com tradição de Halloween, a data é concebida de maneira mais leve e lúdica como um resgate folclórico que promove a interação das famílias das comunidades locais através do envolvimento na decoração das casas, capricho nas fantasias, participação na dinâmica de distribuição de doces às crianças que visitam as casas num clima de brincadeira e confraternização em festas temáticas. A abordagem mais aterrorizante fica por conta do mercado cinematográfico sustentado pelo público que encontra nesse tipo de produção entretenimento com uma dose a mais de adrenalina.
Nas escolas de inglês espalhadas pelo mundo, o Halloween é entendido como uma manifestação linguístico-cultural já que uma língua estrangeira carrega em si a cultura dos países onde é falada e, por isso, está intrinsicamente ligada a toda e qualquer forma de manifestação cultural. Por isso, a data deve ser aproveitada para promover atividades lúdico-pedagógicas acerca do tema como uma oportunidade para maior compreensão da cultura estrangeira, aprendizagem e prática do idioma bem como a socialização entre os alunos e comunidade escolar.
Portanto, se o que você pensa sobre o Halloween pode ser discutido, respeitosamente, com embasamento religioso, histórico, cultural ou pedagógico, você está correto em seus argumentos e cabe a cada um determinar se a data deve ou não fazer parte da sua realidade individual.
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